SOLTEIRAS NO CAMINHO DO AMOR

Em ruas românticas andei a procura de meu Amor

Seguindo o mapa escrito nas entrelinhas de meu coração

Atravessei rios e solos áridos

Deparei com oásis e até pensei ali finalizar
Meu constante buscar

A solidão é a irmã da emoção
Prima da ansiedade

Veste da paixão que é pura ilusão

O tempo é capaz de vencê-la

Com a Verdade que revelará
Pois O Verdadeiro Amor
É algo que jamais vai passar

“Onde o fazes repousar pelo meio-dia, para que não ande eu vagando.

Ouço a voz do meu amado; ei-lo aí galgando os montes, pulando sobre os outeiros. O meu amado fala e me diz: Levanta-te, querida minha, formosa minha, e vem.

Porque eis que passou o inverno, cessou a chuva e se foi; aparecem as flores na terra, chegou o tempo de cantarem as aves, e a voz da rola ouve-se em nossa terra. A figueira começou a dar seus figos, e as vides em flor exalam o seu aroma; levanta-te, querida minha, formosa minha, e vem.

Tu és toda formosa, querida minha, e em ti não há defeito.

Encontraram-me os guardas que rondavam pela cidade; espancaram-me e feriram-me; tiraram-me o manto os guardas dos muros.

Para onde foi o teu amado, ó mais formosa entre as mulheres? Que rumo tomou o teu amado? E o buscaremos contigo.

Quem é esta que sobe do deserto e vem encostada ao seu amado? Debaixo da macieira te despertei, ali esteve tua mãe com dores; ali esteve com dores aquela que te deu à luz.

Põe-me como selo sobre o teu coração, como selo sobre o teu braço, porque o amor é forte como a morte, e duro como a sepultura, o ciúme; as suas brasas são brasas de fogo, são veementes labaredas.

As muitas águas não poderiam apagar o amor, nem os rios, afogá-lo; ainda que alguém desse todos os bens da sua casa pelo amor, seria de todo desprezado."

Vejo o Verdadeiro Amor sobre as águas...